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Tradições

 

Serões para o trabalho do Milho

Apanhava-se o milho que era posto geralmente na cozinha. Ao serão, animado com cânticos e histórias, juntavam-se parentes e amigos para amarrar ou esfolhar o milho.
No fim, era servido milho cozido, em grão ou em maçaroca, ou então castanhas tudo regado com bom vinho de cheiro.

Debulha do trigo

O trigo, depois de arrancado e degolado, era levado para a eira aonde era malhado, esfolhado e ensacado. Para este trabalho juntava-se toda a família á qual era servida boa galinha guisada e bom vinho.

Matança do porco

A festa da matança começava na véspera com a apanha e lavagem da salsa e da cebola que eram picadas no serão por parentes e amigos ao som de cânticos e de historias. Na véspera era a matança das galinhas a massa e o pão cozia-se antes. A matança do porco corria sempre em festa com boa comida e bom vinho.

 

As lendas populares fazem parte da realidade cultural e histórica das regiões que povoam, visto que apesar de supostamente fictícias, estas mostram-nos muitas das realidades vividas numa dada época. Na freguesia de Água D´Alto existe a seguinte Lenda:

A Grota de Barro ou Grota do Tamborileiro

Decorriam os primeiros anos do século XVI e a vida, no lugar de Água D´Alto, corria como na maioria das povoações costeiras dos Açores, divididos os habitantes entre as tarefas do arranjo da terra, do pastoreio e da pesca, que lhes permitiam subsistir.
Um certo dia, pela boquinha da noite, quando os camponeses voltavam a casa dos seus trabalhos convidados pelos toques das trindades, e as mulheres preparavam a magra ceia na cozinha coberta de palha, sem que ninguém desse conta, um navio de piratas, possivelmente argelinos, aproximou-se do areal.
A coberto da sombra da noite, passando despercebidos aos vigias, o grosso grupo de corsários trepou as íngremes veredas que conduziam ao lugarejo e surpreendeu os seus habitantes.
Então, foi o fim do mundo! Saquearam casas, maltrataram e feriram os homens, violentaram mulheres e crianças. Outro grupo avançou, entretanto, para o interior, levando à frente um tamborileiro que não se fartava de rufar o instrumento com tanta força para amedrontar as populações.
O som do tambor ecoava entre os gritos angustiados das mulheres e das crianças mas, insensíveis à dor, os hereges continuavam a tarefa de pilhagem e destruição.
Os vigias de Vila Franca, apercebendo-se finalmente do que se passava, lançaram barcos ao mar com e homens a cavalo por terra para os ajudar. Recebendo o aviso de bordo os piratas regressaram a bordo excepto o tamborileiro, que ensurdecido pelo barulho do tambor continuou a tocar. Quando caiu na realidade já não havia tempo para fugir, então continuou sempre a tocar para afugentar quem se atravessa-se dele e com sorte ninguém se aproximou. Ao fim da noite o tambor calou-se mas logo de seguida ouviu-se um grito de dor, tinha então caído o tamborileiro no fundo de uma grota. Ao amanhecer os guardas tentaram procurar o corpo mas em vão nunca foi encontrado o corpo. Mas o mais caricato veio a verificar-se que nas noites seguintes continuou-se a ouvir o tambor a bater. Assim a grota passou-se a ser chamada por Grota do Tamborileiro, porque o fantasma continuava a tanger o seu tambor, assombrando quem por ali passava.

 

Destaque

 

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Boletim nº9

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